O que nos reserva o futuro?

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Com base nas previsões e nas criações que já estão sendo apresentadas sobre o futuro, podemos ter algumas certezas. Além do fato de que será uma realidade ainda mais conectada, é certo que a praticidade será cada vez mais presente, com robôs automatizando serviços e realizando qualquer atividade no tempo de instantes. Mas como tudo isso poderá beneficiar o ambiente corporativo?

Na verdade, a automação já é muito presente e vem crescendo de forma exponencial entre as empresas. Seja por meio de ferramentas que fazem análises de Big Data e CRM em tempo real. Seja essa nova onda de bots, que transformaram a maneira de se comunicam com os clientes.

Hoje, a capacidade de gerenciar os dados do público é feita de forma muito mais agilizada do que há uns anos. Da mesma maneira que é possível aprofundar o conhecimento desse cliente, direcionando conteúdos específicos para cada perfil. Entretanto, poderia essa realidade ultra conectada, caminhando rumo à Internet das Coisas, ser prejudicial? Para a pesquisadora, Kate Crawford, sim.

Durante o South by Southwest, SXSW, um festival que acontece em Austin, no Texas (EUA), ela mostrou um outro lado da moeda desse novo mundo que nos espera: a categorização de pessoas está quase que se assemelhando ao fascismo. Por quê? Tanto os governos autoritários, quanto as empresas nessa leva de ferramentas de segmentação, desejam poder através do controle da população. Bem como clamam por neutralidade, mas também não expõem seus métodos para isso.

Por isso Kate alerta para essa catalogação de pessoas. Como os sistemas que buscam identificar a profissão de uma pessoa, somente por uma análise facial, no intuito de descobrir se ela pode ter alguma tendência criminosa. E também para a facilidade que empresas e governos conseguem ter acesso à dados de milhares, sem autorização e para usos que não são transparentes.

Como ficaremos, então?

Com todas essas atenções ressaltadas pela pesquisadora, com certeza fica a preocupação sobre como se comportar nesse futuro que já está aqui. Inegável que o ponto crucial é que todo ambiente corporativo deve aumentar, cada vez mais, sua proteção de dados. Uma vez que as próprias pessoas estão aumentando a quantidade de informações geradas e tudo passará a ficar nesses sistemas de nuvens.

Um cenário que será mais do que vantajoso para criminosos invadirem, pois eles já são capazes de conseguir muito mais do que somente uma senha ou outros dados de cadastro. Dessa forma, aumentará a responsabilidade das organizações em proteger a integridade das pessoas. Casos como o do Yahoo serão menos tolerados com o passar do tempo, já que se acredita que as corporações terão ferramentas para evitar que isso ocorra.

É claro que a área de Segurança da Informação vai além da criação de políticas, estabelecimento de softwares e cuidado com os dados de empresas e pessoas. Ter um ambiente protegido evita problemas também com a posição da organização no mercado. E estar exposto porque conteúdos sigilosos foram vazados ou descobriu-se o uso indevido de informações de clientes está fora de cogitação para muitos negócios.